Trabalho realizado por:
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Érica Janina Rodrigues de Almeida Lousada *
Contato: elousada10@hotmail.com

* Acadêmico da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB - Instituto Avançado de Ensino Superior de Barreiras – IAESB


Reflexologia podal para o alivio de enxaqueca tencional.


Introdução. 

A reflexologia é um procedimento muito aceito entre os terapeutas holísticos. Além disso, massagear os pés é uma técnica que requer estudos específicos e anos de prática. Proferir que apertar este ou aquele ponto faz de alguém um reflexologista é o mesmo que colocar agulhas em pontos dolorosos do corpo aleatoriamente e dizer que é um acupunturista. Assim sendo vamos apreciar um pouco sobre esta técnica que tem ajudado muitas pessoas há milhares de anos. (ALBERTO, et al, 2003)

A origem da Reflexologia ou da terapia por zonas, como se chamava, ainda é um mistério. O Dr. William Fitzgerald diz no seu livro Zone 11 Jerapy que "a forma de tratamento por meio dos pontos de pressão já era conhecida na Índia e na China há mais de 2000 anos. Porém, este conhecimento parece ter-se perdido ou esquecido há muito tempo. Talvez fosse posto de lado em favor da acupuntura, que surgiu como um rebento mais forte da mesma raiz". Entretanto, esta suposição não se comprova, este conhecimento está preservado na China na massagem Tui Na, na Índia pela massagem Ayurveda, e no Japão pelo Shiatsu.( LIDELL, 2002)

Outra suposição é a de que teve origem no Egito, pois a, mais antiga documentação que se tem notícia é proveniente deste local. Eles eram grandes estudantes do corpo humano. Isto ficou registrado pelos artistas da época nas inscrições dos túmulos e nos murais dos médicos.Isto é sugerido por um desenho encontrado num túmulo egípcio com data de 2330 a.C. Este desenho mostra quatro pessoas, uma delas sendo tratada com uma massagem aos pés, e uma outra, com uma massagem às mãos (LIDELL, 2002).

Outros atribuem a sua origem aos Incas, povo pertencente a uma civilização peruana muito antiga, remontando, possivelmente a 3000 a.C. Diz-se que estes passaram o conhecimento da terapia por zonas aos índios norte-americanos, que ainda hoje usam esta forma de tratamento (LIDELL, 2002).

Depois disso os monges budistas provenientes da Índia trouxeram para a China os seus conhecimentos de "observação dos pés e tratamento dos nervos do pé" (LIDELL, 2002).

Na Europa do Séc. XV uma forma de REFLEXOLOGIA era praticada. Era a chamada "terapia de zonas", que visava ao alívio da dor e do cansaço através de pressão aplicada em zonas do corpo (ALBERTO, et.al, 2003)

Trazida da Alemanha por uma equipe de médicos nortes americanos, liderados pelo Dr. Willian FITZGERALD, a REFLEXOLOGIA chegou aos Estados Unidos no começo do século e em 1913 já era usada em Hospitais como Boston City Hospital, Saint Francis, Connecticut e Hartford. Com surpreendentes resultados, os estudos continuaram a ser feitos na relação reflexa dos pés divididos em dez zonas (5 em cada pé ) e transferindo-as a todo o corpo humano, denominando assim esta técnica de ZONOTERAPIA. Esta técnica difere um pouco do que conhecemos como reflexologia, pois só se trabalha nestas dez zonas com movimentos dos dedos semelhante aos movimentos de “minhocas”, buscando um relaxamento interno e assim aliviando os órgãos de tensões (VAZ, 2007).

Então com conhecimentos de fisiologia e anatomia humana foram dando mais atenção a órgãos, sistemas e aparelhos, bem como suas ligações entre si. Estímulos maiores começaram a ser dados em pontos específicos com uma visão fisiológica (ocidental) e não filosófica (como no caso da visão oriental). Assim formaram-se escolas nos Estados Unidos que formaram vários alunos que se espalharam pelo mundo e continuaram estes trabalhos não só com o atendimento, mas também através de cursos com duração de dois anos no Instituto Conaras do Paraguai. (VAZ, 2007).

A reflexologia atualmente é conhecida e utilizada em mais de 20 países representados por suas associações . No Brasil, foi criada pelo professor Érik Motta Pereira e seu aluno Osni Tadeu Lourenço; a Associação Brasileira de Reflexologia e Terapias Afins (ABRT ).

Estudos realizados a mais de 4 anos na Associação Brasileira de reflexologia direcionaram não só os estudos como também a conduta terapêutica numa visão moderna segundo padrões do presente, científicos. Porém gostaria de salientar o respeito que temos por todas as formas de terapias tradicionais dadas a sua funcionalidade. A tese da fisiologia da reflexologia moderna esta baseada no Sistema nervoso central - simpático e parassimpático e mecanismo do ATP (trifosfato de adenosina - energia nutridora) foi desenvolvida por Osni Tadeu Lourenço em parceria, com o prof. Erik Motta Pereira, onde explica que a reflexologia difere em vários aspectos da medicina tradicional chinesa principalmente na sua fisiologia (VAZ, 2007).

 Segundo os estudos realizados por LOURENÇO, 2007, explica a fisiologia da reflexologia, por meio de canais aferentes e eferentes os órgãos se comunicam com o cérebro via sistema nervoso central através da medula espinhal e tais terminações são distribuídos a varias partes deste. As terminações nervosas que comunicam a funcionalidade do órgão também chegam a uma parte do cérebro localizada na porção média superior área esta onde encontramos a região correspondente aos pés. Uma vez codificadas estas informações, o cérebro envia e recebe mensagens dos próprios pés através dos canais aferentes e eferentes correspondentes dizendo que o órgão não esta bem e precisa de estímulos para poder funcionar melhor. Os estímulos são dados através de pressão nas terminações nervosas ou com a ajuda de aparelhos de eletroestimulação ou objetos próprios para a reflexologia. Estas terminações nervosas não se limitam à informação física da saúde do paciente, mas também informa e corrige distúrbios emocionais os quais devem ser trabalhados juntamente com os estímulos dos órgãos físicos afetados, respeitando sempre o mecanismo de cada doença a ser tratada.

De acordo com os conceitos orientais, as doenças que aparecem no corpo humano estão puramente relacionadas aos desequilíbrios das forças (energia) que agem neles. A reflexologia promove o alívio da doença, proporcionando equilíbrio e harmonia destas forças no corpo (LIDELL, 2002).

A reflexologia é um tratamento físico no qual você estimula áreas nas mãos, pés ou dedos, que refletem os órgãos internos, as articulações, etc. A técnica funciona baseada no precipício de que estas áreas estão em interação permanente com o corpo todo (Fritz, 2002).

Se uma parte do corpo está em desequilíbrio (doente), sua área de projeção no micro sistema também vai revelar esse desequilíbrio, mostrando sinais na pele ou dor aguda ao toque no ponto este correspondente (Fritz, 2002).

A prática tem mostrado que os pontos dos micros sistemas (pé) são extremamente reativos, sendo estimulados, eles reagem prontamente, proporcionado o equilíbrio e conseqüente alívio. O efeito benéfico deste tratamento se aplica a casos em que a doença se localiza em partes bem definidas do corpo, como fígado, estomago, joelho, coluna, cabeça, entre outros. Este método pode ser utilizado em qualquer tipo de dor física, como a enxaqueca, por exemplo, AGOSTINHO, 2007 relata que em 123 casos de dor de cabeça severa observados, 105 obtiveram total recuperação ou efeito marcante, 11 obtiveram uma melhora e apenas 7 não conseguiram resultados significantes. Então o grau de efetividade foi de 94,3%.Existem vários outros estudos científicos comprovando a efetividade do tratamento com acupuntura nas dores de cabeça.

Outro dado importante é que as enxaquecas são uma das causas mais importantes na diminuição da qualidade de vidas das pessoas, afastando-as do convívio social, profissional e até familiar. Sabe-se hoje que os portadores de enxaqueca faltam ao trabalho cerca de 12 dias a mais por ano que os não portadores desta doença, com implicações de custo social para as fontes pagadoras (PLANSERV 2007).

A enxaqueca é um desequilíbrio químico no cérebro, envolvendo hormônios e substâncias denominadas peptídeos. Esse desequilíbrio resulta de uma série de outros desequilíbrios neuroquímicos e hormonais, decorrentes do estilo de vida e hábitos do portador da doença, e também de uma predisposição genética. O resultado é uma série de sintomas, que podem ir muito além da dor de cabeça. Por sinal, existem casos de crises de enxaqueca sem, ou com muito pouca dor. Geralmente, porém, a dor de cabeça é o sintoma mais dramático da enxaqueca e sua intensidade, apesar de variável, na maioria dos casos é moderada a severa (GUYTON, 2002).

A dor pode ser latejante (pulsátil), em peso, ou uma sensação de "pressão para fora", como se a cabeça fosse explodir (GUYTON, 2002).

A localização da dor pode ser variável de crise para crise; raramente dói sempre no mesmo lugar. A dor pode ocorrer em qualquer lugar da cabeça, inclusive na região dos dentes, dos seios da face e da nuca, dando origem à confusão com problemas dentários, de sinusite e de coluna (GUYTON, 2002).

Os demais sintomas da enxaqueca compreendem náuseas (enjôo), vômitos, aversão à claridade, ao barulho, aos cheiros, hipersensibilidade do couro cabeludo, visão embaçada, irritabilidade, flutuações do humor, ansiedade, depressão (mesmo fora das crises) e lacrimejamento. Um indivíduo não precisa apresentar todos estes sintomas para ter enxaqueca. Normalmente apresentam alguns deles, em graus variados. A duração de uma crise de enxaqueca é, tipicamente, de 3 horas a 3 dias, seguida de um período variável sem nenhuma dor (GUYTON, 2002).

A enxaqueca pode ser precedida por varias sensações prodrômicas, como, alteração do humor (euforia em alguns casos, depressão e irritabilidade em outros) e do apetite (vontade de comer doce, ou então perda de apetite), visão embaçada, visão dupla, escurecimento da visão (cegueira parcial) de um ou ambos os olhos, e sensação de estar vendo pontos brilhantes, como se fossem vaga-lumes. Entre outros sintomas estão incluídas diminuições da força muscular de um lado do corpo, formigamentos, tonturas, diarréia, podendo também ocorrer às manifestações visuais já descritas. Usualmente estas sensações começam 30 minutos à uma hora antes da cefaléia (GUYTON, 2002).

A freqüência da dor é muito variável, podendo ser desde uma vez na vida, até todos os dias, e até várias vezes ao dia, no caso da cefaléia em salvas.

Uma das hipóteses da causa das cefaléias da enxaqueca é que o sentimento ou tensão prolongada cause vasoespasmos reflexos de algumas das artérias da cabeça, inclusive das artérias que suprem o cérebro. Com isso ocorre uma elevação da pressão arterial, que irrita os tecidos intracranianos sensíveis á dor (por exemplo, as artérias e os seios faciais). A tensão muscular, por outro lado, irrita os nociceptores na parte posterior do pescoço e na mandíbula; a dor resultante é enviada á cabeça, ao longo dos nervos cervicais e cranianos (GUYTON, 2002).

 Compreensivelmente, as causas subjacentes de tensão precisam ser abordadas de modo apropriado. A massagem é empregada por seu efeito benéfico de redução da ansiedade. A maior parte das técnicas de massagem na parte superior do ombro, pescoço, crânio e face podem induzir o relaxamento. Além disso, as técnicas de pontos gatilho são aplicadas a certos músculos. As tensões musculares com freqüência estão associadas a pontos gatilho que podem exacerbar-se ou, na verdade, iniciar a dor referida para o crânio. Os músculos mais comuns nos quais se encontram os pontos gatilho são: músculo esternocleidomastóideo, músculo esplênio da cabeça e do pescoço, músculo temporal, músculo trapézio e músculo elevador da escápula (GUYTON, 2002).

Durante um ataque de enxaqueca, a massagem na parte superior do corpo é contra indicada. Essa prevenção é tomada para evitar que a massagem aumenta o fluxo e, assim, o volume de artérias extracranianas já dilatadas, o que exacerbaria a enxaqueca. De qualquer modo, o paciente não permitiria o procedimento. A massagem também pode gerar uma onda súbita de sangue para as artérias intracranianas constritas, o que leva um aumento da pressão. Os nervos cranianos ainda podem estar irritados pelo influxo súbito de pressão. A massagem, contudo, é indicada entre os ataques, para fins de relaxamento. Ao melhorar a circulação sistêmica, a massagem também melhora o funcionamento orgânico e, com isso, promove ainda mais a eliminação de toxinas e outros materiais que possam causar os ataques de enxaqueca (CASSAR, 2001).

A reflexologia é uma técnica específica de pressão que atua em pontos reflexos precisos dos pés com base na premissa de que as áreas reflexas dos pés correspondem a todas as partes do corpo. Como os pés representam um microcosmo do corpo, todos os órgãos, glândulas e outras partes estão dispostas num arranjo similar ao dos pés. Fenômeno da representação microcósmica de partes do corpo em diferentes áreas do organismo também se manifesta na íris do olho, na orelha e nas mãos. Todavia, as áreas correspondentes dos pés são mais específicas, tornando mais fácil trabalhar com elas. A pressão é aplicada nas áreas reflexas com os dedos das mãos e usando técnicas específicas. Isso provoca mudanças fisiológicas no corpo na medida em que o próprio potencial de equilíbrio do organismo é estimulado. Dessa maneira, os pés podem desempenhar um papel importante para se conquistar e manter uma saúde melhor (LEONEL, 2006).

O relaxamento é o primeiro passo da normalização. Quando o corpo está relaxado, a cura é possível. A massagem profissional dos pés vai mostrar quais partes do corpo estão fora de equilíbrio e, portanto não estão funcionando eficientemente. Pode-se então ministrar o tratamento apropriado para corrigir esses desequilíbrios e fazer o corpo retornar a um estado ótimo de saúde.

A massagem reflexa dos pés é útil no tratamento de doenças e eficaz para manter a saúde e prevenir o aparecimento de doenças. Problemas de saúde podem ser detectados precocemente e o tratamento ministrado para prevenir o desenvolvimento de sintomas mais sérios.

A reflexologia pode ser considerada o equivalente a uma regulagem, um ajuste do corpo. O reflexologista não cura - somente o corpo é capaz de fazê-lo, mas a ajuda a equilibrar todos os sistemas corporais, estimulando uma área pouco ativa e acalmando uma superativa. Ela é inofensiva para as áreas que estão funcionando adequadamente. Como todos os sistemas do corpo intimamente relacionados, qualquer coisa que afete uma parte vai acabar afetando o todo. Numerosos terapeutas, após diversos anos de estudo e prática, concluíram que a técnica atua em diversos níveis: fisiológico, psicológico e espiritual (VAZ, 2007).

Esta terapia tem como objetivo corrigir os três fatores negativos implicados no processo das doenças: congestão, inflamação e tensão (Norman, 1991). Quando se fala em tensão, devemos lembrar que não se apresenta independente das emoções e sentimentos, ou seja, uma tensão também diz de uma parte psicológica a ser cuidada. Portanto a reflexologia é de grande auxílio nas psicoterapias trazendo material importante ao psicoterapeuta principalmente os de abordagem corporal e transpessoal (ALBERTO, 2003).

Temos que lembrar que nossos pés suportam nosso peso durante todo o dia, portanto estão submetidos a uma pressão muito grande e, sobretudo com sapatos não adequados, fazendo com que haja um desequilíbrio no nosso eixo de sustentação. Mexendo com todos os nossos músculos e articulações, mudando a nossa postura. Assim, podemos compreender melhor o quanto a reflexologia pode ser útil aos tratamentos de Quiropatia (ALBERTO, 2003).

Todos os ossos do pé estão vulneráveis, pelo constante trauma direto entre o pé e o chão. Esta estrutura do esqueleto complexa, responsável por funções variadas como apoio, equilíbrio, impulso, absorção de impacto e postura. Possui ação coordenada de 26 ossos, dezenas de articulações, ligamentos, músculos e tendões, além da rede neuro vascular responsável pela nutrição e integração central destas estruturas cutânea e subcutânea que têm funções e diferenciações específicas do pé (sola, calcanhar e unhas) (PALASTANGA, 2000).

Diante desta variedade de estruturas e funções é normal que o dia a dia submeta os pés a uma série de problemas em virtude da sobrecarga de movimentos extremos e de alto impacto (PALASTANGA, 2000).

Segundo PALASTANGA, os 26 ossos do pé são classificados de acordo com sua localização:

1 - Posteriores – Tálus e calcâneo

2 - Medianos – cubóide, navicular e 3 cuneiformes.

3 - Anteriores – 5 metatársicos e 14 falanges

Além desses ossos principais, o pé pode apresentar um número variável de ossículos acessórios e sesamóides (PALASTANGA, 2000).

Os ossos são mantidos unidos por cápsulas e ligamentos que estabilizam as estruturas e com a ajuda dos músculos a manutenção do formato em arco (longitudinal e transverso) são vitais para a dissipação da pressão do impacto (PALASTANGA, 2000).

Quando o equilíbrio entre as estruturas é rompido em qualquer nível, por falha, insuficiência muscular, trauma ou alteração anatômica, sinais locais e à distância podem aparecer com piora progressiva ou por crises frente ao esforço repetitivo.

Assim, temos lesões que variam desde calosidades dolorosas (agudas ou crônicas) até fratura de stress, passando por tendinites, contraturas musculares, sinovites, neurites, edema e entorses freqüentes.

Apresenta 3 grupos musculares, que vindo da perna se inserem no pé ( músculos extrínsecos), controlando sua ação(PALASTANGA,2000).

1 - Posterior – tibial posterior flexor longo hálux e flexor longo artelhos.

2 - Lateral – Fibular longo e curto

3 - Anterior – Tibial anterior extensor longo hálux e extensor longo artelhos.

Apresenta ainda os músculos intrínsecos que se originam e se inserem no próprio pé, como o músculo extensor curto do hálux e mais 15 pequenos músculos (PALASTANGA, 2000).

Diante disso fica clara a importância da correção e prevenção das lesões do pé, sendo muito importante o diagnóstico da alteração ou lesão anatômico-funcional que geram o processo. A correção destas patologias evita, inclusive, a extensão do desequilíbrio às estruturas superiores do esqueleto (coluna).

A articulação do tornozelo está entre o talus, tíbia e fíbula. A estabilidade medial é dada pelos músculos tibial anteriores e posterior, pelo músculo flexor longo dos artelhos pelo músculo flexor longo do hálux. A estabilidade lateral é garantida pelos músculos fibulares, ligamento talo-fibular e calcâneo-fibular.

A manutenção da postura ereta é obtida através da tensão passiva dos músculos posteriores do corpo, principalmente pelo músculo solear (PALASTANGA, 2000).

Os 2 arcos do pé são o longitudinal e o transverso. O suporte extrínseco é dado pelos músculos da perna e o intrínseco pelos ligamentos e musculatura do pé (PALASTANGA, 2000).

O pé plano ocorre pela queda do arco longitudinal do pé. Os ossos do tarso tendem a formar uma linha reta em vez de um arco, perdendo a função de amortecimento (PALASTANGA, 2000).

No pé cavo, o arco longitudinal é muito acentuado, há excesso de pressão nas cabeças dos metatarsianos que estão abaixadas, com formação de calosidades e fascite plantar por processo de corda de arco (PALASTANGA,2000).

O arco transverso do pé é formado pelos 5 metatarsianos. Com sua queda, as cabeças do 2º ao 4º metatarsianos passam a tocar o solo, ocorrendo a contratura do m. adutor do hálux. Pode haver a formação do hálux valgo. O apoio anormal dos metatarsianos leva também à formação de calosidades plantares e à metatarsalgia crônica. A persistência dessas alterações leva à artrose precoce (PALASTANGA, 2000).

Normalmente as pessoas sentem muitas dores nos pés e sofrem numa constante tentativa de adaptação refletindo esta tensão aos músculos, principalmente nos joelhos e ombros aumentando assim a fadiga e irritabilidade. Abusamos de nossos pés, visto quanto bem nos faz ficar com os pés livres, após um dia de trabalho (VAZ, 2007).

Reflexos sensíveis à dor indicam quais partes do corpo estão congestionadas. Essa avaliação diz respeito apenas a partes do corpo "fora de equilíbrio", e não a distúrbios específicos. É importante ter consciência disso (VAZ, 2007).

Desta forma a reflexologia  ajuda a eliminar problemas causados por doenças específicas. Ao trazer o corpo de volta a um estado de equilíbrio, o tratamento reflexológico pode combater diversas doenças. A reflexologia relaxa tensões, melhora a circulação sangüínea, oxigenação e o sistema nervoso, ajudando a equilibrar o organismo naturalmente (ZAIRA, 2006).

 

 

Objetivos:

 

Gerais:

Averiguar o efeito terapêutico da reflexologia podal para o alivio da enxaqueca tencional através de referencial teórico.

 

Específicos:

● Constatar a eficácia da reflexologia podal no alivio da enxaqueca.

● Analisar os efeito terapêuticos da reflexologia podal.

● Examinar com base em referências bibliográficas á validade dos efeitos terapêutico da reflexologia.

● Conferir os benefícios que a reflexologia podal traz para o alivio da enxaqueca.

 

Casuística e métodos:

 

Foi realizada uma revisão bibliográfica. Com base em dados científicos como: Pedro, Scielo, e entre outros, com as seguintes palavras (de acordo com os descritos da ciência da saúde): Reflexologia Podal, Enxaqueca Tencional, reflexoterapia, terminações nervosas.

Para o cumprimento dos objetivos foram realizadas as seguintes etapas no trabalho:

a)     Os autores foram catalogados e separados de acordo com a classificação da enxaqueca tencional;

b)     Após essa etapa cada acometimento tencional será avaliado e quanto a seu tratamento, somente serão incluídos neste trabalho os autores que realizarem a reflexologia podal.

Em seguida os tratamentos se seguirem o critério de inclusão serão separados em cluster de acordo com as afinidades das patologias como também das reabilitações realizadas entre os autores.

. O levantamento bibliográfico foi realizado com referência as publicações entre os anos de 1996 até 2007.

 

5 - Discussão.

 

Esta pesquisa teve por objetivo averiguar o efeito terapêutico da reflexologia podal para o alívio da enxaqueca tencional através de referencial teórico. Porém não foram encontrados na literatura, até a presente data, trabalhos que tenham utilizado este tipo de tratamento para a cefaléia tensional.

Segundo Harold Wolff, 2002, alguns tratamentos adjuvantes são preconizados para a CTT, tais como:

Abordagens fisioterápicas, visando alongar e relaxar os músculos do segmento cefálico.

Abordagens odontológicas têm sido comuns, mas são injustificáveis uma vez que as cefaléias do tipo tensional são primárias e diferem daquelas causadas por disfunções oclusivas.

Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, a acupuntura obteve resultado significativo no tratamento da Cefaléia tipo tensional, através da liberação de substâncias químicas no organismo com efeito analgésico.

  

6 - Conclusão.

 

Conclui-se ao término deste trabalho, com base na comparação da fisiologia da cefaléia, na teoria das zonas reflexas e nos efeitos fisiológicos da reflexologia, que este método pode ser utilizado como forma de tratamento da cefaléia do tipo tensional, por mais que não se tenham encontrado pesquisas de campo nesta área que poderiam confirmar o que está descrito na literatura.

Concluímos ainda que, apesar de não se ter trabalhos publicados sobre a utilização da reflexologia podal como forma de tratamento para a cefaléia do tipo tensional, existem trabalhos publicados que utilizam a acupuntura como forma de terapia, e nestes trabalhos, os resultados foram significativos, sendo que muitos destes até sugerem que a acupuntura deve ser utilizada como única forma de tratamento da cefaléia do tipo tensional.

Assim, ressalta-se a necessidade do incentivo à realização de pesquisas científicas nesta área, pois assim como a acupuntura ,que apresenta bons resultados em seu tratamento, a reflexologia também está baseada em zonas reflexas do corpo, podendo desta forma, vir a apresentar excelentes resultados no tratamento da cefaléia. 

 

 

7 - Referencial teórico.

ALBERTO, Carlos et.al. Reflexologia: Conhecendo melhor esta técnica. Fisioweb: publicado em 14 de março de 2003. disponível em www.fisioweeb.com.br, acessado em 09/04/2007;

DOMENICO, Giovane, WOOD,C. Elizabeth. Técnicas de Massagem de Beard. 4ª ed. Manole, Baurueri - SP ,1998;

INITZ, Sandy. Fundamentos da Massagem Terapêutica. 1 ª ed. Manole, Baurueri - SP, 2002;

KUNZ, Kevin, KUNZ, Bárbara, Reflexologia como restabelecer o equilíbrio energético, 14ª ed. Pensamento, São Paulo - SP,

LEIDELL, Lucy. Thoma, Sara. O novo Livro de Massagem.1ª ed. Manole Baurueri- SP, 2002;

LOURENÇO, Osni Tadeu, Reflexologia podal: sua saúde através dos pés, 2ª ed. Ground , São Paulo- SP, 2002;

GUYTON. Fisiologia Humana. 6ª ed. Guanabara Kogam, Rio de Janeiro - RJ,1998;

 RODRIGUES, Izair Jefthé, Cefaléia tipo tensional terapia com acupuntura.  Disponível em www.centrobrasileiro.com.br, Acessada em 16/05/2007;

VENNELLS, David, o que é reflexologia, 1ª ed. Nova Era, Rio de janeiro - RJ, 2003;

 
Monografia apresentada à Faculdade São Francisco de Barreiras como requisito parcial de avaliação de conclusão do curso de Fisioterapia, sob orientação da professora Telma Elisa Brescovici.
 

Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo é de seu autor.
- Publicado em 22/04/2008

 


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