Referência  em  FISIOTERAPIA  na  Internet

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Trabalho realizado por:
- Camila Oliveira*, Kamila Costa*
- Renata Barata*
- Dayse Danielle**
- José Wagner Cavalcante Muniz***



Contato: kamila_esteves@hotmail.com

*Acadêmicos do Curso de Fisioterapia Universidade da Amazônia
**Professora da Universidade da Amazônia ***Coordenador do Curso de Fisioterapia – Universidade da Amazônia – Belém/PA.


LEUCEMIA SUAS FORMAS CLÍNICAS E TRATAMENTO
THEIR LEUKEMIA CLINICAL FORMS AND TREATMENT

 

Resumo:

A leucemia é a denominação que se dá para diversos tipos de câncer originados nos tecidos que produzem o sangue, na medula óssea.

A leucemia pode ser aguda ou crônica, dividindo-se ainda entre mielóide (ou mielógena) ou linfóide (ou linfocítica ou linfoblástica). Leucemia é dividida clinicamente e patologicamente nas formas aguda e crônica.

A conduta terapêutica é extremamente importante no tratamento da leucemia visto q nela é feita uma minuciosa avaliação do paciente, para a determinação do risco, e visa determinar a melhor prevenção de incapacidades. Além do tratamento fisioterapêutico se faz necessário também o tratamento de suporte.

Deste modo, a pesquisa tem por objetivo conceituar e descrever as formas clínicas de leucemia e a atuação da fisioterapia nessa patologia.


Palavra chave: leucemia infantil



Abstract:

The leukemia is the denomination that feels for several cancer types originated in the fabrics that produce the blood, in the bone marrow.

The leukemia can be sharp or chronic, still becoming separated among mielóide (or mielógena) or linfóide (or linfocítica or linfoblástica). Leukemia is divided clinically and pathologically in the sharp forms and chronicle.
 
The therapeutic conduct i important extremely in the treatment of the leukemia seen q in her i done the minuses evaluation of the patient, goes the determination of the risk, and it seeks to determines the best prevention of incapacities. Besides the treatment physiotherapeutic it i done necessary also the support treatment.

This way, the research have goes objective to consider and to describe the forms practice medicine of leukemia and the performance of the physiotherapy in that pathology.


Key word: infantile leukemia



INTRODUÇÃO

Leucemia é a denominação que se dá para diversos tipos de câncer originados nos tecidos que produzem o sangue, na medula óssea. Assim sendo, o objetivo deste artigo é conceituar e descrever as formas clínicas de leucemia e a atuação da fisioterapia nessa patologia.

A leucemia pode ser aguda ou crônica, dividindo-se ainda entre mielóide (ou mielógena) ou linfóide (ou linfocítica ou linfoblástica). Leucemia é dividida clinicamente e patologicamente nas formas aguda e crônica.

O tratamento da leucemia independente do tipo é realizado por uma equipe multidisciplinar com o objetivo de reduzir os danos da doença.

Utiliza-se também no tratamento a quimioterapia e a radioterapia.

Foi utilizada para desenvolver o artigo uma pesquisa bibliográfica, realizada na universidade da Amazônia - UNAMA e pesquisas via internet.


REFERENCIAL TEÓRICO

Leucemia é a denominação que se dá para diversos tipos de câncer originados nos tecidos que produzem o sangue, na medula óssea (FERREIRA, 2000).

Na leucemia, a produção normal de glóbulos brancos é afetada (os glóbulos não amadurecem para desempenharem suas funções) (FERREIRA, 2000).

Estes glóbulos doentes passam a se multiplicar, tomando também o lugar dos glóbulos vermelhos e das plaquetas.

A leucemia pode ser aguda ou crônica, dividindo-se ainda entre mielóide (ou mielógena) ou linfóide (ou linfocítica ou linfoblástica).

O comprometimento do sistema nervoso no curso da leucemia é freqüente constituindo-se em importante fator de mortalidade. Este comprometimento ocorre através de diversos mecanismos responsáveis por numerosas manifestações clinicas.

Os pacientes são enviados ao neurologista numa fase pré-leucêmica devido aos sintomas inespecíficos como distúrbios de marcha, irritabilidade e fraqueza muscular entre outros.


Leucemia aguda x crônica

Leucemia é dividida clinicamente e patologicamente nas formas aguda e crônica.

* Leucemia aguda é caracterizada pele crescimento rápido de células sanguíneas imaturas. Esse apinhamento torna a medula óssea incapaz de produzir células sanguíneas saudáveis.

A forma aguda de leucemia pode ocorrer em crianças e adultos jovens.

O tratamento imediato é necessário na leucemia aguda devido à rápida progressão e acúmulo de células malignas, as quais entram na corrente sanguínea e se espalham para outras partes do corpo. Se não houver tratamento, o paciente morrerá em alguns meses ou até semanas (WAKSMAN E ABRAMOVICI, 2003).


* Leucemias crônicas são distinguidas pelo acúmulo de células sanguíneas relativamente maduras porém ainda assim anormais. Geralmente levando meses ou anos para progredir, as células brancas anormais são produzidas numa taxa bem maior que as normais (WAKSMAN E ABRAMOVICI, 2003).

Leucemia crônica geralmente ocorre em pessoas idosas, mas pode afetar qualquer faixa etária. Enquanto a leucemia aguda deve ser tratada imediatamente, a forma crônica alguma vezes é monitorada por algum tempo antes do tratamento, para assegurar a eficiência máxima da terapia (WAKSMAN E ABRAMOVICI, 2003).
 

Leucemia linfóide x mielóide

As doenças são classificadas de acordo com o tipo de células anormais mais encontradas no sangue. Quando a leucemia afeta as células linfócitas, é chamada de linfóide. Já quando as células mielóides são afetadas, a doença é chamada leucemia mielóide (FERREIRA, 2003).

Prevalência dos tipos de leucemia

* Leucemia linfóide aguda é a mais comum em crianças pequenas. É o tipo mais comum em crianças correspondendo a 75% das ocorrências. Conta com alto índice de cura que chega a 80% dos casos.

Ela também afeta adultos, especialmente os de mais de 65 anos ( SITE COPACABARUNNER).

* Leucemia mielóide aguda ocorre mais em adultos. Menos comum em crianças com índice de ocorrência em torno de 25% do total de casos de leucemia infantil (SITE COPACABARUNNER).

Leucemia linfóide crônica afeta mais adultos acima de 55 anos de idade. Algumas vezes ocorre em adultos jovens, mas quase nunca em crianças.
Leucemia mielóide crônica ocorre principalmente em adultos. Um número muito pequeno de crianças é afetado (SITE COPACABARUNNER).


Sintomas

Alguns dos principais sintomas apresentados são comuns a doenças mais simples.
• Falta de apetite;
• Comprometimento das ínguas;
• Aumento do baço e fígado;
• Dor nos ossos ou nas articulações;
• Palidez;
• Manchas arroxeadas;
• Sangramentos não ligados a traumas e febre;
• Febre (SITE LEUCEMIA1.HPG).


Causas da leucemia

A causa exata da leucemia não é conhecida, mas ela é influenciada por fatores genéticos e ambientais. Como outros tipos de câncer, as leucemias resultam de mutações somáticas no DNA, as quais podem ocorrer espontaneamente ou devido à exposição à radiação ou substâncias cancerígenas, e tem sua probabilidade influenciada por fatores genéticos. Vírus também têm sido associados a algumas formas de leucemia. Anemia de Fanconi também é um fator de risco para o desenvolvimento de leucemia mielóide aguda (SITE LEUCEMIA1.HPG).


Como a doença é diagnosticada?

O médico pode diagnosticar a doença através de: hemograma completo, aspirado de medula e biópsia (pegar amostras da medula dentro do osso e examiná-la com o microscópio), teste genético de células anormais.

Leucemia afeta todo o corpo, não apenas uma parte. Os pacientes precisam também da avaliação das funções dos demais órgãos. Isso é importante para decidir o tipo de tratamento (FERREIRA, 2003).


Leucemia Linfocítica Aguda (LLA)

A leucemia linfóide aguda infantil (LLA) é uma enfermidade na qual os glóbulos brancos, responsáveis por combater as infecções (chamados linfócitos) encontram-se imaturos, em grande quantidade no sangue e na medula óssea do paciente. A LLA é a forma mais comum de leucemia infantil, e também o tipo mais comum de câncer infantil (FERREIRA, 2003).

Apresenta uma incidência nos EUA de 3,4 casos novos por 100.000 crianças com idade abaixo de 15 anos, a faixa etária de maior prevalência é entre 2 e 5 anos.

Os linfócitos combatem as infecções produzindo substâncias chamadas de anticorpos, os quais atacam germes e outras substâncias nocivas encontradas no corpo humano. Na LLA, os linfócitos em desenvolvimento se tornam muito numerosos e não amadurecem. Estes linfócitos imaturos rapidamente vão para o sangue e para a medula óssea, acumulando-se no tecido linfático e fazendo com que este inche. Os linfócitos podem tomar o lugar de outros glóbulos do sangue e da medula óssea. Se a medula óssea do paciente não pode produzir glóbulos vermelhos suficientes para transportar oxigênio para o sangue, o paciente pode sofrer de anemia; ao mesmo tempo se a medula óssea não consegue produzir plaquetas suficientes para que o sangue se coagule normalmente, o paciente pode sofrer hemorragias e contusões com facilidade. Os linfócitos cancerosos também podem invadir outros órgãos, a medula espinhal e o cérebro (FERREIRA, 2003).     

Os primeiros sintomas da LLA podem ser similares aos da gripe ou qualquer outra enfermidade comum, incluindo febre que não desaparece, cansaço constante, dores nos ossos e/ou articulações, nódulos linfáticos inchados, alem dessas outras manifestações clinicas são comuns como: fraqueza, infecção, dor e edema ósseo, perda de apetite, entre outras (FERREIRA, 2003).


Conduta Terapêutica

Avaliação do paciente (determinação do risco)

Procedendo ao tratamento é necessária uma avaliação da condição física do paciente e do seu estado metabólico: medidas antropométricas, hemograma, mielograma, LCR, provas de função hepática e renal, culturas de secreção e raios X de tórax.

“Alto –risco” - presença de leucocitose acima de 100.000/mm³, infiltração tímica e envolvimento do SNC.
“Risco-padrão” (85% dos pacientes) - ausência das características mencionadas e idade: 2-10 anos.

A determinação do risco é importante porque permite prever a evolução do tratamento.

O tratamento fisioterápico e de grande importância visando determinar a melhor prevenção de incapacidades, assim como estabelecer estratégias de autocuidado e incremento nas atividades de vida diária. Exercícios regulares são necessários no sentido de se evitar o enrijecimento articular, e para maximizar a força muscular o maior tempo possível (FERREIRA, 2003).


Tratamento de suporte

Em geral são utilizadas quatro fases de tratamento para a LLA. Na primeira fase, terapia de indução a remissão, na qual é utilizada quimioterapia para eliminar a maior quantidade possível de células leucêmicas e fazer com que o câncer passe para a remissão.

Na segunda fase, denominada profilaxia do sistema nervoso central (SNC), é uma terapia preventiva em que são administradas quimioterapia sistêmica em doses elevadas, quimioterapia intratecal ou ambas no sistema nervoso central (SNC) para eliminar as células leucêmicas lá existentes, ou para prevenir a aparição de células cancerosas no cérebro ou na medula espinhal, ainda que não se tenha detectado câncer nestes órgãos. Também pode ser administrada radioterapia no cérebro, além da quimioterapia, com esta mesma finalidade. A profilaxia da SNC é comumente administrada em conjunto com a terapia de consolidação / intensificação. Uma vez que o paciente entre em remissão e não haja sinais de leucemia, é administrada uma segunda fase de tratamento chamada terapia de consolidação, ou de intensificação. Nesta terapia é utilizada quimioterapia em doses elevadas, com a finalidade de eliminar qualquer célula leucêmica restante.  

Na quarta fase do tratamento, a terapia de manutenção, é administrada quimioterapia durante vários anos para manter o paciente em remissão.  

O tratamento por etapas acima descrito dependerá do grupo de prognóstico detectado, seu estado, sua idade e a contagem sanguínea efetuada no momento do diagnóstico (WAKSMAN E ABRAMOVICI, 2003).


CONCLUSÃO

A leucemia é uma doença grave sendo necessário um rápido tratamento para minimizar as conseqüências da doença.

O tratamento fisioterápico e de grande importância visando a melhor prevenção de incapacidades, estabelece estratégias de autocuidado e incremento nas atividades de vida diária.

Sendo feita também uma minusiosa avaliação do paciente (determinação do risco)
O tratamento deve ser com equipe multidisciplinar proporcionando para o paciente o tratamento mais adequado para cada caso visando atingir a cura causando o menor dano possível ao paciente.


REFERÊNCIAS

FIGUEIRA, F.; ALVES, J. E MAGGI. R.; DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO EM PEDIATRIA - 3ª ed, SÃO PAULO, 2002.

ABRAMOVICI, S. E WAKSMAN, R.; PEDIATRIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, 1º ed, Cultura medica, 2003.

FERREIRA, J.; PEDIATRIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, 2º ed, Rio Grande do Sul, Artmed, 2003.

NELSON, BEHRMAN, R. E KLIEGMAN, R.; PRINCÍPIOS DE PEDIATRIA, 4º ed, São Paulo, Guanabara Koogan, 2000.

www.copacabanarunners.net/leucemia.html, acessado em 15 de outubro de 2006 às 14:23.

www.leucemia1.hpg.ig.com.br/tipos%20de%20leucemia.htm, acessado em 15 de outubro de 2006 às 15:00.
 

 

Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
- Publicado em 16/01/07

 


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