Referência  em  FISIOTERAPIA  na  Internet

 www.fisioweb.com.br 


Trabalho realizado por:
Marcele Gaifem Pontes

Aluna da Universidade Salgado de Oliveira


DOR TORÁCICA - COSTOCONDRITE


INTRODUÇÃO

Uma das variedades mais comuns e inofensivas de dores da caixa torácica é a dor na parede do tórax. Pode corresponder a uma dor do tipo costocondrite. A costocondrite consiste numa dor e na fragilidade da cartilagem que liga as costelas ao esterno. Facilmente, se fizermos pressão sobre alguns pontos ao longo da margem do esterno, podemos verificar uma notável fragilidade e suavidade destas pequenas áreas. Se a pressão do dedo que efetuar este teste aumentar a dor, pode-se concluir que a causa desta não é um ataque cardíaco.

Também conhecida como síndrome de Tietze, O que é síndrome de Tietze?

Caracteriza-se por dor e inchaço (tumefação) no toráx anterior (próximo ao esterno). As causas da síndrome ainda são desconhecidas. Em aproximadamente 80% dos casos a lesão é única, tendo remissão(cura) espontânea (meses ou anos). Pode ser aguda, intermitente ou crônica. Apesar de não serem muito úteis para o diagnóstico, as radiografias de tórax devem ser solicitadas para descartar outras hipóteses diagnósticas. Em geral, os exames laboratoriais (sangue, urina...) são normais. Os pacientes com sintomas persistentes devem ser acompanhados por reumatologistas para uso de antiinflamatórios e/ou infiltrações locais, bem como aplicação de calor ou gelo locais.


Definição

O termo mais apropriado para definir esta situação é dor torácica. 

É a dor que acomete o tórax, tendo sua origem no trato respiratório e que pode atingir a parte anterior (da frente) e/ou posterior (de trás) do tórax. Além disso, pode aparecer em um ou ambos lados do tórax. 

Os pulmões e a pleura visceral - membrana que reveste toda a superfície dos pulmões - são destituídos de sensores dolorosos. Portanto, não causam dor. 


Como se desenvolve? 


A dor advém do envolvimento das estruturas adjacentes aos pulmões, como: 

- A parede torácica 
- Pleura parietal (membrana que reveste a camada mais interna da parede do tórax) 
- Pericárdio parietal (membrana que reveste externamente o coração) 
- Traquéia (tubo que dá passagem ao ar, situado entre as cordas vocais e os pulmões) 
- Brônquios (tubos que espalham o ar nos pulmões) 
- Diafragma (músculo principal envolvido na respiração) 
- Mediastino (espaço situado entre os pulmões). 

Na maioria das doenças pulmonares, a dor é provocada pela inflamação ou tração de estruturas contíguas como a pleura ou mediastino. 

A dor é agravada pela respiração, tosse, movimento dos braços, tórax ou ombros. 

No envolvimento de estruturas torácicas como as pleuras e a parte central do diafragma (principal músculo respiratório, que separa o tórax do abdome), a dor pode ser relatada pela pessoa como sendo na região do osso do peito com irradiação para os ombros ou pescoço. 

Quando a parede torácica é comprometida, a dor é contínua, persistente sobre a área envolvida sendo que piora com a compressão do local. 

Já o deslocamento de estruturas do tórax por derrame pleural (líquido anormal localizado entre o pulmão e a parede do tórax), tumores ou pneumotórax (acúmulo anormal de ar no tórax associado ao esvaziamento de ar do pulmão) causa dor mal definida e contínua na região do osso do peito e pescoço. 


Características da dor conforme sua causa

A dor que tem origem na pleura devido à lesão ou irritação desta é caracteristicamente do tipo pontada, de intensidade variável e quase sempre bem localizada. 

Costuma piorar com a respiração profunda, tosse ou movimentos do tórax. Dentre as situações em que a dor se origina na pleura, estão: pleurite (inflamação da pleura), pneumotórax, traumatismos (incluindo fratura de costela), pós-operatório de cirurgia do tórax, tumores da pleura ou de outros locais que se disseminam para esta, infecções, embolia pulmonar (trombose que acomete o pulmão e que pode inflamar a pleura) e doenças reumatológicas (artrite reumatóide, por exemplo). 

A dor torácica súbita com falta de ar é mais freqüente na embolia pulmonar e no pneumotórax. Este pneumotórax pode ser espontâneo - quando ocorre por um defeito no desenvolvimento pulmonar - ou secundário a uma doença como a asma, enfisema pulmonar, infecções pulmonares, inalação de drogas ou após procedimentos cirúrgicos do tórax.

Para o alívio imediato do paciente, nos casos que se faz necessário, deve ser feita uma drenagem do pneumotórax com o uso de drenos. 

Outra situação que pode ocorrer é o desconforto torácico durante as fases tardias da gravidez. Ele pode piorar com os esforços e pode estar acompanhado de falta de ar. 

Acredita-se que isso ocorra devido a compressão dos pulmões pelo útero aumentado de volume. 

As dores agudas no tórax associadas à febre estão comumente relacionadas com as infecções do trato respiratório e às inflamações da pleura (pleurites). 

Quando as infecções são causadas por vírus, o tratamento busca a melhora dos sintomas com o uso de antitérmicos para febre e analgésicos para dor. Nas infecções causadas por bactérias, o tratamento é feito com o uso de antibióticos. 

Nos tumores do tórax, a dor costuma ter evolução crônica e surge, usualmente, nas fases mais tardias da doença, quando há comprometimento de alguma estrutura com sensibilidade dolorosa. 

Dentre os tumores do tórax, estão aqueles que se originam no mediastino como os linfomas (tumores dos gânglios linfáticos) e timomas (tumores do timo - uma glândula situada na parte da frente do tórax, próxima do osso do peito). 

A dor nestes casos pode ser em pontada, contínua ou sentida como opressão logo abaixo do osso do peito. 

Nos casos de tumores do mediastino que ficam mais posteriores, próximos da coluna vertebral, a dor pode não ser muito intensa no dorso, mas contínua.

Numa situação chamada mediastinite - uma inflamação no mediastino - o quadro é, geralmente, de dor abaixo do osso do peito associada à febre. 


São casos graves e faz-se necessário o uso precoce de antibióticos, além de internação em UTI 

Na embolia pulmonar, os pacientes podem não ter dor significativa no tórax. A dor pode ocorrer devido à hipoxemia (diminuição do oxigênio no sangue) causada pelos êmbolos nos pulmões - que são trombos que se soltaram de veias das pernas ou do quadril, normalmente, e que chegam até os pulmões, causando este problema. O tratamento é feito com o uso de anticoagulantes. 

Nas infecções brônquicas (dos tubos que espalham o ar nos pulmões) e traqueobrônquicas (que também acometem a traquéia) que, geralmente, tem origem viral, a dor torácica é difusa, tanto anterior quanto posterior e piora com a tosse. 

nas pneumonias, a dor no tórax é localizada, unilateral e piora com a respiração e a tosse.


Como se trata? 

Essa doença causa dor torácica e têm tratamento. 

Este tratamento deve ser individualizado, de acordo com a doença causadora da dor e seu estágio, a intensidade da dor e as particularidades do indivíduo. 

Os remédios para a dor (analgésicos), na maioria das vezes, são utilizados por via oral ou por injeções intramusculares ou endovenosas (nas veias). 


Tratamento Fisioterapêutico:

Devido a localidade da patologia, no caso a costocondrite não deveremos utilizar aparelhos que emitem ondas elétricas, segue plano de tratamento e recuperação na fisioterapia:

* Devido a presença do processo inflamatório devemos utilizar o leaser, que auxiliará na cicatrização;

* Para dor indicaria gelo, não através de panquecas, mas pequenas compressas locais no período de 10 a 20 minutos;

* Após o período de dor e processo inflamatório, indicaria alongamento dos membros superiores;

* Conscientização respiratória;

* Mobilização da caixa torácica, de forma que a articulação seja mobilizada para aumentar o metabolismo local e acelerar o processo de cura;

* Fortalecimento da musculatura adjacente e respiratória.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

* Sociedade de reumatologia do RJ
* Ortopedia e traumatologia de Turkei
* www.scielo.com.br

 

Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo é de seu autor.
- Publicado em 03/08/05

 


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