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Imagine se os Médicos tivessem à sua disposição um
novo "medicamento"...
Uma "nova substância" capaz de diminuir a ansiedade e a depressão, melhorar a
qualidade do sono e conseqüentemente a disposição para o trabalho e o estudo.
Um "medicamento" capaz de regular o Sistema Nervoso, favorecendo o bom humor
mesmo diante das adversidades do cotidiano. Ele também poderia regular
neurotransmissores como a serotonina, que ajusta sensações como a fome (apetite)
e a saciedade, entre outras.
O uso prolongado poderia diminuir a liberação de adrenalina, controlando o
estresse doméstico e profissional. Poderia ainda diminuir a resistência
periférica das artérias, relaxando a musculatura dos vasos e auxiliando no
combate à hipertensão.
Usado regularmente, aumentaria a sensibilidade das células à ação da insulina,
prevenindo e combatendo a instalação do Diabetes tipo II.
Talvez fosse pedir demais que este “medicamento" promovesse alterações benéficas
no sistema de coagulação do sangue e ainda aumentasse o bom colesterol (HDL),
diminuindo a progressão da aterosclerose e reduzindo o risco de enfartes e
derrames.
Nos testes clínicos de longa duração, um efeito inesperado: redução da
incidência de Câncer de Cólon e de Mama.
Além de tudo isso, ele nos deixaria mais atraentes e mais autoconfiantes.
Chega?! Só mais duas coisas: não pode custar uma fortuna e deve ser seguro para
todas as idades.
Talvez um dia a ciência nos surpreenda com um produto que se compare aos efeitos
da Atividade Física Regular.
Até que isso aconteça, é de responsabilidade do médico estimular seus pacientes
a se engajarem em uma Atividade Física Regular.
Os benefícios fisiológicos e psicológicos do exercício são atribuídos aos
fenômenos de adaptação dos tecidos e órgãos submetidos a estímulos freqüentes de
esforço físico. Muitos destes benefícios estão bem, documentados na literatura
científica e podem ser obtidos por qualquer pessoa que se exercite de forma
apropriada, independente da idade.
O exercício regular proporciona uma modificação da composição do corpo - há um
aumento da proporção de tecido muscular em relação ao tecido adiposo (gordura).
As células, "percebendo" os estímulos regulares dos exercícios, passam a
economizar e depositar mais cálcio nos ossos e proteína nos músculos e a
utilizar e gastar mais as gorduras como fonte de energia, mesmo estando em
repouso. Esta adaptação, mais visível que as outras, é o que leva muita gente a
iniciar uma atividade esportiva, mas é grande ainda a parcela que desiste em
poucas semanas.
Determinar e combater as causas desta desistência precoce tem sido objeto de
estudo de vários pesquisadores. Uma importante causa da "não aderência" ou
abandono de um programa de exercícios é a tentativa de acompanhar praticantes já
avançados, levando à frustração e desmotivação.
É com humildade e persistência que o iniciante vai sendo promovido às fases mais
avançadas do treinamento físico. Muitos dos que dizem "detestar" fazer exercício
provavelmente não tiveram uma experiência gratificante logo nas primeiras
sessões e o exercício se transformou em uma experiência negativa, quase como uma
sessão de tortura física.
Seguindo corretamente as orientações dos profissionais da área, você terá
resultados no tempo certo.
Não tenha pressa. Não há satisfação maior para o professor/treinador do que ver
seu aluno progredir com o treinamento aplicado. Assim como não há satisfação
maior para o médico do que ver seu paciente melhorando com o tratamento
instituído.
O exercício, assim como o medicamento, é apenas uma ferramenta. Quando bem
administrados podem fazer toda a diferença.
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