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Trabalho realizado por:
Fabíola Zucco - Fisioterapeuta
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A atuação da Fisioterapia na Insuficiência Renal Crônica |
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Introdução
Características da IRC, segundo MANDAL (1993) são:
De uma forma
geral, a evolução da IRC pode ser dividida em quatro partes (JÙNIOR,
1988): Três
características da fisiopatologia renal são importantes para o
tratamento da IRC (MANDAL,1993) : As
manifestações clínicas da IRC mantém uma correlação grosseira com o
grau de comprometimento funcional. Algumas são:
Dietas
consistentes em proteínas de alta qualidade, em ácidos aminados,
taxas elevadas de hidrocarbonados e pobres em eletrólitos e
nitrogênio. Exemplo: suco de laranja, manteiga, creme de leite,
açúcar, chocolate, frutas e legumes pobres em potássio, doces e
geléias, farinhas e massas desprovidos de glúten, além de sagu,
tapioca, polvilho, araruta, aipim, batata doce e arroz. Para náusea e
vômitos, o medicamento utilizado é a clorpromazina via oral, na dose
de 15-25mg ou por via muscular. O uso de diuréticos só é
justificável num paciente com azotemia e creatininemia muito
elevadas e que por qualquer circunstância não esteja fazendo
diálise. A anemia, comum nestes pacientes, o medicamento proposto é
o hidróxido de ferro polimaltosado, sendo a transfusão de sangue
mais indicada. Quando não ceder pode-se tentar a hemodiálise ou a
diálise peritoneal, com as quais se alcançam elevações modestas de
hematócritos e do volume de células. Nos casos de anemias graves, o
transplante dos rins, tanto de doadores vivos como de mortos,
proporciona a secreção eritropoietina em proporções adequadas, com o
que rapidamente a anemia melhora. A hemodiálise
exige um acesso permanente ao sangue (geralmente no antebraço) para
a filtragem externa do sangue por um rim artificial (em geral 3-4hs,
três vezes por semana). A diálise peritoneal exige um cateter
intraperitoneal permanente, para 4-5hs diárias de fluidos dialisados
para remover os catabólitos e os fluidos. A hemodiálise pode
provocar um padrão intermitente pós-diálise de fadiga, com
recuperação e aumento dos fluidos entre cada sessão, já a diálise
peritoneal permite um estado mais constante. Quando houver
complicações como a hipertensão, esta deverá ser tratada em
hipotensos com o prazozim, minoxidil, captopril e enalopril. Quando
os tratamentos falham a nefrectomia bilateral está indicada. No caso
de pericardite, na forma aguda a diálise peritoneal ou a hemodiálise
constituem a base do tratamento. Anti-inflamatório não esteróides
aliviam a dor. Se ocorrer complicações graves, está indicada a
punção pericárdica e pericardiocentese.
A intervenção
precoce, para evitar a incapacitação, antes do início da diálise, é
ótima para manter o emprego, as relações e a atividade física, mas a
maioria dos pacientes pode ser beneficiada, em qualquer momento, por
um programa de exercícios. A avaliação e tratamento fisioterapêutico
podem facilitar a recuperação após transplante ou hospitalização por
qualquer outro motivo (O’YOUNG, 2000). A maioria das
orientações de exercícios aeróbicos recomenda controlar o
treinamento pela freqüência cardíaca, mas isso não tem utilidade em
pessoas que estão tomando bloqueadores beta-adrenérgicos, para
controlar a hipertensão, pois esses medicamentos impedem o aumento
normal da freqüência cardíaca, induzida pelo exercício. Eliminados
os riscos específicos, os riscos da falta de exercício são maiores
do que os de realizá-los, também para o idoso(O’YOUNG, 2000) . Quase todos os
pacientes em NET podem engajar-se em exercícios de estiramento e de
fortalecimento leves, pois muitos deles são capazes de realizar,
diariamente, 30 minutos de atividades físicas (O’YOUNG, 2000). O momento mais
seguro para os pacientes diabéticos fazer exercícios é durante a
diálise, quando a glicose sanguínea está “pinçada” pelo dialisado.
É, importante, em todos os pacientes, a proteção da diálise durante
o exercício. Os pacientes em diálise peritoneal devem evitar a
pressão abdominal, quando cheios de dialisado, mas devem fazer
exercícios de fortalecimento abdominal e de alongamento das costas,
durante uma troca, quando estiverem apenas meio cheios. É importante o
monitoramento freqüente, para a identificação precoce de alterações
clínicas significativas, da tolerância ao exercício, pequenas lesões
que possam desestimular hábito de exercícios regulares ou
necessidade de terminar objetivos individuais. Os pacientes devem
manter um registro de atividades diárias de exercício, sua
intensidade e duração. Os benefícios
do exercício em pacientes com insuficiência renal crônica são os
mesmos observados na população geral, mais os relacionados com os
desafios especiais da insuficiência renal. Os exercícios regulares
aumentam a força, a flexibilidade, a resistência muscular, aumentam
a integridade óssea e dos ligamentos, o volume sistólico cardíaco,
diminuem a freqüência cardíaca em repouso, aumentam a ventilação
pulmonar, as lipoproteínas de lata densidade, reduzem os
triglicerídeos, aumentam a massa muscular e reduzem a porcentagem de
gordura corporal (O’YOUNG, 2000). O exercício
físico pode reduzir, interromper ou reverter o descondicionamento
progressivo que caracteriza, muitas vezes, a evolução do IRC,
melhorando assim, a qualidade de vida, evitando fragilidade
progressiva, mantendo a independência, contornando o internamento em
asilo e acelerando a recuperação do paciente da doença, da cirurgia
e da fadiga pós-diálise. Os exercícios aeróbicos regulares facilitam
o controle da pressão sanguínea, freqüentemente reduzindo as
necessidades de medicamentos, e os riscos cardíacos, ambos graves
problemas pra muitos pacientes com IRC. Os exercícios de treinamento
aumentam a tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina. Os
exercícios regulares reduzem a depressão, a hostilidade e a
ansiedade, melhorando o sono, humor, vivacidade mental, controle de
peso, auto-imagem e o senso de responsabilidade com a própria saúde.
O exercício durante a diálise reduz a freqüência de episódios
hipotensivos sintomáticos, calafrios e cãibras musculares,
facilitando a remoção dos fluidos (O’YOUNG, 2000). Quando o
paciente irá fazer um transplante renal, o fisioterapeuta deve fazer
uma avaliação pré-operatória, e orientar e tratar este paciente. O
fisioterapeuta deve preparar este paciente fisicamente e ajudar
psicologicamente também. Atividades respiratórias como enfatizar a
respiração diafragmática, remoção de secreções , e exercícios de
membros inferiores pra manter a circulação são alguns pontos do
tratamento pré-operatório. É necessário também alinhar este paciente
corretamente no leito. Após o transplante, o fisioterapeuta deve
certificar-se do estado do paciente antes de começar o tratamento.
Algumas metas neste estágio são promover o relaxamento e aliviar a
dor pós-operatória, manter a ventilação adequada e reexpandir o
tecido pulmonar para prevenir atelectasia e pneumonia, remover
secreções, manter a circulação dos membros inferiores, manter a
amplitude de movimento, prevenir defeitos posturais, restaurar a
tolerância aos exercícios. O fisioterapeuta deve tirar o paciente do
leito o quanto antes para auxiliar no funcionamento do intestino (KISNER,
1998). |